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  • Presença e Amizade

Alicia, em missão no Honduras

Nossa casa com a missão de servir com compaixão, foi a que mais recebeu.


Festa na frente da casa


Queridos padrinhos,

Apesar do atraso quero desejar um feliz e abençoado 2019.

Estar em Honduras no Natal foi uma experiência que me marcou muito, aqui os preparativos começam muito cedo, as casas são muito decoradas com presépios enormes. Mas o que mais se espera são as Pousadas, que acontecem nos nove dias antes, onde um pequeno grupo chega nas casas como Maria e José pedindo lugar para nascer o menino Jesus. São feitos cantos, orações e normalmente tem um pequeno compartir. Acompanhado das crianças e de alguns amigos visitamos 45 casas que nos recebiam como se fossemos verdadeiramente a Sagrada Família.

Para a Noite do Natal, convidamos para jantar na nossa casa a família de Rosi (a qual contei em minha última carta) e mais duas mulheres que estariam sozinhas, e na hora chegou também um menino de 12 anos pedindo para estar conosco. Depois saímos para abraçar alguns amigos. Apesar do bairro ter uma quantidade incrível de fogos de artifícios, senti como um clima triste, porque a maioria das famílias possuem um familiar que vive em outro país ou que faleceu.


Passar o natal na missão, me fez sentir como Maria e José em Belém, onde estavam longe de sua casa e de sua família, permanecendo no lugar menos esperado e humilde e eu numa noite como essa, num jantar simples, sem presentes, vivi verdadeiramente o mistério dessa noite: o nascimento do nosso Salvador.

No Ano Novo, Rosi nos convidou para jantar na sua casa, a qual nos recebeu como a viúva pobre (Mc 12,38), porque deu o melhor de si para preparar a comida e como sua casa é muito pequena, não possui um lugar específico para comer, mas providenciou um juntando pequenas mesas e bancos. Após a janta ficamos dançando com ela, seus dois filhos e sua sobrinha, foi uma noite muito alegre.


Em janeiro tivemos a graça de ir na Jornada Mundial da Juventude em Panamá, com 40 jovens da paróquia. Saímos alguns dias antes para conhecer também a casa de missão da Costa Rica. #jmjpanama

Viver essa experiência de uma semana, fortaleceu minha missão, pois comparti com uma igreja viva e jovem, que ia alegre cantando nos metrôs apertados ou esperando nas grandes filas dos restaurantes, encontrando pessoas de diversos países, como Cuba, Coreia. E sem dúvida o momento mais lindo foi a Adoração durante a vigília, porque apesar de ter 700.000 pessoas, todos estavam da mesma forma, ajoelhados e em completo silêncio em frente a Jesus Sacramentado.

Chegamos da JMJ e encontramos os quartos da nossa casa bagunçada por travessura de cinco meninas, sendo a maior de 12 anos. Mesmo não sendo algo tão grande, o acontecimento abalou principalmente os amigos do bairro e os jovens que acompanhamos na viagem, os quais desde então não éramos tão próximos. Após isso, todos os dias recebíamos visitas, grupos de pessoas nos davam material de higiene, comida e vinham também para cozinhar ou nos convidavam para comer em suas casas.

Entre esses dias, quatros jovens se destacaram, eles vinham todos os dias e como tivemos que pintar as paredes, passaram todo o sábado pintando conosco. Joao, um amigo que visita a casa desde que foi fundado, se sentia como se tivessem entrado em sua própria casa. E três meninos que foram também a Panamá, mas eles não vivem na mesma colônia, então não sabiam qual é nossa missão, mas se doaram com toda a disponibilidade, sem esperar nada em troca.

Nossa casa com a missão de servir com compaixão, foi a que mais recebeu. Além de encontrar o tempo todos rostos preocupados com falas “quero que se sintam bem em nosso país”, nos dando consciência do valor de nossa presença. Uma noite de preocupação se tornou uma semana de graças incontáveis e experimentando que se vence o mal, mesmo que muito pequeno, com o bem, muito maior (Rom.12, 21).

Com amor e carinho,

Alicia Jablonski de Oliveira

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